Page 30 - Revista Fenasbac
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Não foi exatamente isto que aconteceu.
Na terceira revolução industrial, com o advento da eletrônica e princi-
palmente a invenção do controlador lógico programável (PLC, em sigla
inglesa), passamos a ensinar as máquinas o que sabíamos, passamos a
programar as máquinas para tomar pequenas decisões dependendo de
critérios e variáveis que nós mesmos conhecíamos. O início da automação
é o início da revolução industrial cognitiva que bate agora na nossa porta.
A QUARTA E ÚLTIMA REVOLUÇÃO
A quarta e, na opinião de vários estudiosos, última revolução industrial
é muito diferente das outras. Nela as máquinas pensam e aprendem
(Aprendizado de Máquina), comparam uma quantidade quase infinita
de informações e percebem padrões que nenhum ser humano é capaz
(Inteligência Artificial), conversam umas com as outras (Internet das Coisas)
e o assunto na maior parte do tempo somos nós, os humanos (Sensores).
A soma de aprendizado de máquina, inteligência artificial, internet das
coisas e sensores conectados a tudo e a todos promete uma revolução
cognitiva, uma revolução onde o pensar, onde o raciocinar e mesmo o to-
mar das decisões será feito pelas máquinas.
Carros elétricos e autônomos nos levarão a todos os lugares. Óculos e re-
lógios inteligentes nos incentivarão a comer melhor, fazer mais exercícios
e a dormir na hora certa, e serão as máquinas (dessa vez em forma de
softwares com cálculos matemáticos complexos que batizamos de algo-
ritmos), sim, as máquinas, que descobrirão a cura para o câncer e outras
doenças terríveis para a humanidade.
FUTUROS POSSÍVEIS
Se essas e outras previsões da maioria dos especialistas e pesquisadores
se confirmarem, teremos um desafio enorme à nossa frente: Qual será o
papel do ser humano nesse futuro?
As respostas são as mais variadas possíveis e boa parte delas nada
agradável.
Alguns imaginam um futuro como um filme de hollywood onde as máqui-
nas se revoltam e decidem que o problema do mundo é o homem e que
elas, as máquinas, são as únicas capazes de trazer paz e harmonia para
este planeta. Outros imaginam uma distância ainda maior entre as classes:
aqueles com acesso às tecnologias escolhem antes do nascimento filhos
e filhas mais saudáveis, mais inteligentes, mais rápidos e mais bonitos.
Aos empresários e empreendedores resta a contratação de inteligências
artificiais e máquinas que aprendem no lugar de seres humanos, a essa
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