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Alegre realizamos dois intercâmbios, lá e aqui, com três modalida-
                      des de esportes, incluindo o Xadrez. São Paulo possuía trinca de
                      excelentes enxadristas: Kodama, Dicolla e Alvarez. Nossa ligação
                      mais estreita era com a Asbac de Santos, que inicialmente era um
                      filhote da de São Paulo. Por mais de um ano esteve a nosso cargo.
                      Mesmo quando o Moacir Cordeiro e o Marcus Vinicius dos Santos
                      Júnior assumiram a direção, cabia à de São Paulo responder por
                      um funcionário ali lotado. A barraca de praia, as cervejinhas e as
                      partidas de tamboréu atraíam, nos fins de semana, associados da
                      capital. Com Santos mantivemos vários intercâmbios socioespor-
                      tivos. A Subdelegacia de Santos possuía um quadro reduzido de
                      servidores, mas eram muito bons de bola com o time formado
                      entre os existentes.

                      A que você atribui seu alto conceito e popularidade junto
                      a todos os que vivenciaram a Asbac no tempo em que
                      dirigiu, e ser sempre mencionado em rodas de associados
                      mais veteranos?
                      Sempre procurei ser uma pessoa ponderada e de diálogo. Com
                      a diretoria arregimentada de pessoas interessadas no trabalho e
                      que se dedicavam com amor em seus afazeres, já é meio caminho
                      andado para o sucesso, para contentar o associado. Os diretores
                      que fizeram a Asbac comigo eram sérios, competentes e inspi-
                      ravam confiança. Nunca, jamais, ouvimos algo que dissesse que
                      Asbac fora desonesta ou corrupta. Os funcionários eram treinados
                      para oferecer o máximo de seus esforços para atender o associa-
                      do, quer ele fosse o chefe ou o simples contratado de firmas de
                      serviços. A Asbac tinha por norma ser muito transparente em seus
                      atos. Informava pelo DIVUL todo assunto de interesse geral. Pelo
                      fato de ter dado posse a centenas de concursados e de requi-
                      sitados do Banco do Brasil, acabei sendo marcado positivamen-
                      te pelo meu jeito cordial de orientar, descrever o Banco Central,
                      levá-los às seções onde foram lotados, apresentá-los aos seus
                      chefes. Esse dia tão importante na vida deles ficou inesquecivel-
                      mente gravado nas memórias. Numa eleição, sem que usufruísse
                      conscientemente desse fato, foi importante para ser o preferido
                      na escolha. Quando me encontro com os colegas a quem dei pos-
                      se, eles citam esse dia, essa passagem e me agradecem. Fico
                      envaidecido com esse carinho.

                      Que memórias traz consigo mais marcantes daqueles tempos?
                      Eu adoro a natureza. Guarapiranga é um oásis na capital paulista.
                      Verde e água. Preocupei-me com o plantio de árvores a tal ponto
                      de o meu grande amigo, o saudoso Gilberto Amado Rodrigues da
                      Cunha, chamar-me, sempre, de Diretor Ecológico. O plantio não

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