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Como foi dirigir a Associação, durante o seu período, época
com fartura de recursos e grande número de associados?
Foi uma experiência formidável para mim e, creio, para os mais de
vinte diretores que colaboraram nos seis anos que permaneci à
frente da Associação em São Paulo. Havia recursos e o objetivo da
diretoria foi abrir inúmeras atividades que pudessem atender ao
gosto das famílias e dos sócios. A Asbac subvencionava parte dos
custos para incentivar a participação dos associados. O quadro
abrangia os mais antigos que, em 1965, instalaram o Banco Cen-
tral, e também os mais jovens do grupo de requisitados do Banco
do Brasil com menos de 15 anos de serviço na origem, além dos
mais recentes, naquela época, concursados do próprio Bacen.
Isso já se vão quarenta anos. Assim, abrimos um leque de promo-
ções com excursões, bailes, campeonatos esportivos e as ativida-
des culturais, como a de adquirir e repassar com preços subven-
cionados ingressos de teatros, exposições e shows. Na biblioteca,
empréstimos de livros técnicos e de ficção. Também de discos
LPs. O futebol de salão era demais apreciado e patrocinamos tor-
neios anuais durante toda a gestão. Xadrez congregava um bom
número de participantes, de todas as idades. Nesses seis anos
coube à Asbac gerir o bandejão, com prestação desse serviço,
inédito no Banco Central, difícil de contentar a todos. Poucos me-
ses depois que deixamos a Asbac, o Banco fechou restaurante e
adotou o vale refeição. É muito difícil mexer com alimentação. Ti-
vemos a responsabilidade de abrir concorrência e acompanhar a
obra de reforma que a EREVAN-Engenharia realizou no velho Clu-
be de Guarapiranga, às margens da represa, que o Banco Central
adquirira junto ao Itaú que, por sua vez, o recebera na liquidação
do antigo Banco Comercial do Estado de São Paulo. Nos natais
havia imperdíveis festas para crianças no Play-Center – parque de
diversões que existia no bairro do Limão – com distribuição gra-
tuita de brinquedos para crianças com menos de dez anos, filhos
de associados. Aos adultos a comemoração, brilhante, com co-
quetel, jantar, baile e sorteio de brindes. Em duas ocasiões, com
o requinte de um automóvel popular. Nesses eventos de Natal
havia uma atração musical de peso como MPB4, Gonzaguinha,
Peri Ribeiro, Sargentelli e as mulatas, Paulinho Nogueira, Zimbo
Trio etc. No período de seis anos emitimos 210 DIVUL, o boletim
informativo entregue a cada associado às 17 horas, nas sextas-fei-
ras. Despertava enorme interesse entre os sócios. Ah! Alugamos o

          883Pioneiros: a história viva que protagonizaram |
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