Page 15 - Livro Fenasbac_25102019 digital

se fazia apenas enterrando as raízes nas covas. Chamava crianças
para fazer isso diante de seus pais e de associados que se encon-
travam por ali. Dizia umas palavras e colocava uma plaquinha com
o nome do vegetal e da garota que era a madrinha dessa árvore.
Era muita alegria e emocionante. Fotografias registravam o even-
to. Pois bem, há poucos dias me encontro com outro aposentado,
como eu, que me diz: Casemiro, fui ao Guarapiranga com minha
filha e meus dois netos. Que alegria, quando minha filha mostrou
aos meus netinhos o enorme jatobá, esparramando uma sombra
deliciosa, a árvore que ela plantara nas nossas presenças, há qua-
renta anos. As crianças queriam ver, cadê a plaquinha, mamãe?
Bem, a plaquinha não resistiu ao tempo... mas a saudade, sim.

As Asbacs têm sofrido com a diminuição do número

de associados e a consequente falta de orçamento para
manutenção de instalações e programa de atividades.

Você consegue ver alguma solução para esse cenário?
Sei que é impossível comparar os momentos da Asbac atual com

aquela do meu tempo. O modo de vida nestes últimos quarenta

anos modificou-se radicalmente. Os prédios e os condomínios fe-
chados são verdadeiros miniclubes. O usuário nem se desloca de

casa e já tem área de lazer. Há o problema da violência e o trânsito

pesado para se deslocar para um clube distante, como é o nosso
de Guarapiranga. Recursos são poucos, pois houve diminuição do

número de sócios e o banco não mais dá subvenção. A AABB de

São Paulo, por exemplo, também enfrenta problemas de quadro,
mas se mantém, com as mensalidades de menos associados do

que possuía antigamente, mas tem receita auferida com Seguro

de Vida, que abrange clientes por todo O modo de vida nestes
o país. Como está difícil para a Asbac últimos quarenta anos
conseguir uma filiação substancial, jul- modificou-se radicalmente
go que será necessário estudar incre-
mento através da área náutica do Clube

de Guarapiranga, que se situa em linda

região de São Paulo. Poderia a Asbac abrir o clube para associa-
dos contribuintes, sem direito a voto, para a guarda de pequenas

embarcações a vela, ou motorizadas, motor de popa, por segu-

rança, retirado pelo proprietário, em coberturas do tipo circo, de
lona plástica, que se armaria na Chácara Caiçara, preservando-se

as árvores existentes. Antes disso, faria intensa propaganda nos

bairros de classe média, da região de Santo Amaro, tipo panfleto,
ou por carta, há empresas que cuidam disso, informando a possi-

bilidade de se associar sem a cobrança de joia. Em Guarapiranga

há clubes, como o Indiano, Castelo, o antigo Santa Mônica, os Ia-
tes Clubes que ficam lotados nos finais de semana. Outra solução

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