Paulo Stein ao Conexão Real
Em conversa com a Conexão Real, Paulo Stein falou sobre a importância da Federação para os servidores do BC e sobre como a reestruturação na qual estão trabalhando pode beneficiar, também, a sociedade.
Publicado em 17.04.2017 em Notícias
Paulo Stein
"Queremos ser uma marca reconhecida na comunidade do Banco", afirma presidente da Fenasbac.
"Nosso planejamento é voltado à identidade da Federação, para que as pessoas entendam quem somos nós", conta o presidente da Fenasbac.
Com dez filiadas nas capitais onde há representação do BC, a Federação Nacional de Associações dos Servidores do Banco Central (Fenasbac) ainda não é totalmente conhecida pelo corpo funcional. Além de congregar todas as Associações Nacionais dos Servidores do Banco Central (Asbacs), a Federação atua em áreas como empréstimo pessoal, seguros de vida e administração de consórcios, oferecidos a custos diferenciados para associados e servidores do Banco.
Mostrar aos servidores do BC como a Fenasbac pode ser mais bem aproveitada está entre as metas do presidente da Federação, Paulo Stein. Em entrevista à Conexão Real, Stein falou sobre a reestruturação pela qual passa a instituição e sobre os planos de aumentar os benefícios disponíveis à comunidade do BC e à sociedade em geral.
Criada em janeiro de 1998, a Fenasbac substituiu a Associação dos Servidores do Banco Central (Asbac Nacional), que havia surgido em 1966 para prestar assistência financeira, funcional e à saúde dos servidores do BC. O intuito era oferecer serviços exclusivos com taxas especiais e acessíveis, além de garantir qualidade de vida. Em 2011, a Federação fundou ainda, em Brasília, o Instituto Fenasbac, cujo objetivo é atuar em gestão corporativa, finanças e economia, por meio de consultorias e treinamentos, capacitando profissionais e empresas.
Conexão Real – Para que serve a Fenasbac?
Paulo Stein – Procuramos levar aos associados e servidores do BC um diferencial em relação ao que é ofertado no mercado, como menor taxa de administração, menores taxas de juros, próximas e inferiores ao consignado, no caso de empréstimo pessoal. Estamos buscando dar uma nova roupagem a esses serviços, diversificá-los. Estamos trabalhando nesse planejamento há um tempo. A Federação busca suprir necessidades que o BC não consegue, por conta de restrições orçamentárias ou legais. Queremos que nosso público-alvo entenda que não somos somente a Asbac clube, que é apenas um dos seus benefícios. A Federação coordena as ações das Asbacs, centraliza a administração de algumas atividades e produtos e tem o papel da representação política, institucional e de ações diretamente com o Banco. Atuamos na integração nacional.
Qual a diferença entre as Asbacs e a Fenasbac?
As Asbacs têm produtos próprios, locais, regionais de prestação de serviços. Há regionais que oferecem serviços promocionais de telefonia celular, fornecimento de medicamentos, descontos em faculdades e cursos de línguas, por exemplo. O país tem uma diversidade cultural muito grande, de hábitos e costumes, e, por isso, nem sempre conseguimos implementar uniformemente um determinado programa. As Asbacs têm esse papel mais local, customizado de acordo com cada região. Já a Federação tem o papel macro, mais geral, e, por estar fisicamente em Brasília, tem um relacionamento mais direto com o Banco, onde há maior representação, onde estão a política, a norma, a diretoria. A Fenasbac acaba sendo a responsável por irradiar as ações para todo o país. Não somos concorrentes entre nós. Seria mais como uma departamentalização, com todas as Asbacs colaborando com a Fenasbac.
Como a Fenasbac pode ser interessante para os servidores do BC?
A Fenasbac pretende ser uma facilitadora das relações pessoais para o servidor do Banco. O BC tem uma série de limitações regulamentares, legais, e a área de pessoal não é uma atividade-fim do próprio banco. É uma atividade-meio. O papel da Fenasbac é atuar nessa atividade-meio como facilitadora, catalizadora dessas expectativas, por meio de patrocínio a eventos. Queremos levar benefícios para os servidores e, se possível, ampliar os serviços para a sociedade em geral, trabalhando com produtos de excelência e ações diferenciadas. Há uma concorrência muito grande no mercado. Queremos nos destacar.
Como a entidade está se reestruturando para aumentar sua base de associados?
O planejamento está direcionado para a identidade da Federação, para as pessoas entenderem quem somos nós. A reformulação começou com a reestruturação das nossas redes, como a página da internet e as mídias sociais, passando pela área de marketing e pelo nosso portfólio, que visa trazer para o servidor e para o associado benefícios que ele não encontra no mercado. Apesar da concorrência, nosso objetivo é oferecer produtos e serviços exclusivos. Queremos trazer algo que faça a diferença. Nossos consórcios têm a menor taxa do mercado, por exemplo, e o seguro de vida, além de menor custo, tem maiores coberturas que similares.
Iremos expandir nosso portfólio por meio de parceiros para podermos, inclusive, trazer outros tipos de produtos que tenham o perfil do servidor do BC, o qual já identificamos por meio de pesquisas. Iremos customizar os produtos para atender as necessidades dos servidores.
A reestruturação do nosso departamento de comunicação, cujas ações deixaram de lado o tom mais institucional, busca reforçar nosso diálogo com o usuário final. É o caso da revista impressa Fenasbac em Foco. Já temos o Prêmio Banco Central de Economia e Finanças, além da premiação dos 50 anos de Fenasbac, mas estamos focando em nos fortalecer como marca, ou seja, queremos ser uma marca reconhecida na comunidade do banco.
Houve uma sinergia com a essa nova fase do BC, mais aberta às redes sociais. A comunicação do Banco até então foi muito formal e com a mudança, sentimos que poderíamos acompanhar, trazendo essa abertura para as relações humanas pessoais e interpessoais. Uma instituição como a nossa, voltada para esse tema, tem mais condições de realizar o fortalecimento dessas relações. Esperamos que até 2018 essa parte do processo esteja concluída. Mas trata-se, na verdade, de um processo contínuo, pois estaremos sempre procurando maneiras de aperfeiçoar o que já temos. Convido a todos a visitarem o nosso site e nossas mídias sociais. Posso assegurar que já nos próximos meses teremos pelo menos duas boas novidades.
Que ação a Federação considera prioritária para o futuro mais próximo?
Ampliar os serviços e benefícios do Fenasbac Mais Vantagens, um programa de convênios para associados, que confere descontos junto a empresas parceiras, como redes hoteleiras, eventos, teatro. Faremos mais promoções para a comunidade, abertas ao público em geral, mas com um diferencial para os servidores do Banco. Queremos ampliar a parceria com as próprias Asbacs. Atualmente, o único produto voltado apenas para associados é o Programa Geral de Assistência Financeira (PGAFI), que busca atender eventuais necessidades de crédito. Estamos estudando outros produtos financeiros que possam contemplar a todos, não só associados.
A Fenasbac fundou há alguns anos o Instituto Fenasbac. Qual o papel dele?
O Instituto surgiu há 5 anos com a proposta de aproveitar o capital intelectual construído no Banco, através do corpo de aposentados, e poder compartilhar isso com a sociedade, promovendo cursos e treinamentos. Atualmente, o Instituto Fenasbac reúne um grupo de consultores com expertise no setor público, privado e cooperativista de crédito e é voltado para educação corporativa, consultoria, gestão pública e empresarial. Atende clientes em boa parte do território nacional, inclusive no Sul, onde acaba de inaugurar uma filial para atender ao forte mercado cooperativista.
Foi uma importante estratégia abrir o Instituto Fenasbac para o mercado em geral para, além de se tornar uma fonte de receita alternativa, promover o intercâmbio cultural, convênios com universidades e instituições de ensino nacionais e internacionais. O BC já tem algumas parcerias nessa linha com o Banco Mundial e com bancos centrais de outros países. Por que não ampliar essa possibilidade através de uma área específica de estudos técnicos, científicos? Foi firmada uma parceria interessante com a Universidade Mackenzie em 2015, que certifica os programas que fazemos.
Quais os projetos futuros do Instituto Fenasbac?
Em maio traremos para Brasília um curso da Universidade de Harvard, dos Estados Unidos, “Teoria e Ferramentas do projeto de Negociação de Harvard”, que será aberto ao público em geral. Essa primeira edição, no entanto, terá um público mais específico focado em potenciais clientes investidores e parceiros. Estamos iniciando parceria com instituições internacionais renomadas. E poder trazer os cursos para o Brasil, será ótimo.
Estamos também definindo nossa participação no programa de educação financeira, uma iniciativa do governo em que o BC está inserido fortemente. Nosso objetivo é promover ações voltadas para a educação financeira em escolas públicas de ensino fundamental onde o Banco possui regionais e as Asbacs têm sede, seguindo a linha da Estratégia Nacional de Educação Financeira (ENEF). Já estamos buscando parcerias com metodologias alinhadas à ENEF e o apoio dos nossos parceiros privados para patrocinar essas ações. A ideia é poder usar a estrutura do próprio Banco nas diversas praças e das próprias regionais da Asbac para isso.
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