Dia da Criança, chance de ensinar que consumir não é brincadeira
Especialistas recomendam orientar a garotada, desde cedo, a gastar sem desequilibrar as contas nem o planeta
Publicado em 13.10.2015 em Notícias
RIO - O Dia da Criança pode ser uma boa oportunidade para ensinar noções de consumo consciente aos pequenos, dizem os especialistas. E isso não significa, garantem, que a data ficará sem comemoração ou presente. Mas um momento de crise econômica como o atual — em que a inflação anual acumula 7,06% e a taxa de desemprego alcançou 8,6%, a maior da série histórica iniciada pelo IBGE em 2012 — pode ser uma oportunidade para sair do ciclo do consumismo e ensiná-los a ter uma relação mais saudável com o dinheiro.
— Na primeira infância, por exemplo, as crianças dão muito mais importância à experiência do que aos brinquedos em si— diz Silva Sá, gerente de Educação do Instituto Akatu.
Ela ressalta que quem estiver com o orçamento apertado pode sugerir a produção de um brinquedo ou trocar a compra de um produto por uma atividade, como piquenique ou cinema.
Para Carlos Thadeu de Oliveira, gerente técnico do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), uma estratégia para os mais velhos é orientá-los a pesquisar sobre o preço e o produto na internet:
— A compra deve ser feita pelo adulto, mas esse contato, saber o que é importante verificar, perceber as diferenças de valor, é um aprendizado importante.
De 2 a 3 anos
A criança começa a perceber que sua ação afeta os pais e vice-versa. Ela sempre lembra mais daquilo que faz do que daquilo que ganha.
Estimule: A experiência. As brincadeiras são fundamentais para o desenvolvimento corporal e afetivo. Incentive a a troca e o compartilhamento de brinquedos.
Evite: Expor a criança por longos períodos à programação da televisão, na qual há grande estímulo ao consumo. E o uso excessivo de “brinquedos digitais”
De 3 a 4 anos
Já domina a linguagem, começa a testar os limites impostos pelos pais e a encarar as frustrações.
Estimule: A brincar de faz de conta, a usar brinquedos de montar e a reaproveitar embalagens. Essas lições, além de econômicas, são sustentáveis. Ao negar uma compra explique a razão e exemplifique, mostrando que você também não adquire tudo o que deseja.
Evite: Lembre-se de que o comportamento adulto, inclusive como consumidor, é copiado. Portanto, evite compras por impulso, acúmulo e desperdício.
Dos 4 aos 5 anos
A garotada começa a se descobrir e fazer suas escolhas e a participar mais efetivamente de tarefas coletivas.
Estimule: A retirada de brinquedos para troca ou doação, explicando o contexto social. Incentive a participação em tarefas ligadas à alimentação, o que estimula hábitos saudáveis.
Evite: Compras de itens que não sejam adequados à idade. Mostre a importância de brinquedos seguros e o risco do mercado informal, que não oferece garantia.
De 5 aos 6 anos
São capazes de entender a origem dos produtos, de onde vem cada material e começam a avaliar suas escolhas.
Estimule: A apagar as luzes ao sair dos ambientes, a desligar aparelhos, a fechar o chuveiro ao se ensaboar, ou a pia ao escovar os dentes, mostrando a finitude dos recursos naturais e o quanto custam as contas de água e luz.
Evite: Essa é a fase em que começam as coleções. Se não der para fugir delas, para evitar excesso, uma alternativa é estabelecer um orçamento.
De 7 a 11 anos
Já tem noção do valor do dinheiro e capacidade fazer correlações entre sua ação e o impacto no meio ambiente.
Estimule: As perguntas básicas do consumo consciente antes da compra: “eu preciso?”, “de onde vem?”, “essa empresa é responsável?”, “é um produto muito descartável?” A partir dos 8 anos, a mesada é uma boa medida. Recomenda-se limitar a R$ 80 semanais.
Evite: No supermercado, evite ceder aos apelos de compras, isso encarece muito a conta.
A partir dos 12 anos
Eles já compreendem o apelo de consumo exercido pelos comerciais, apesar da necessidade de criar uma identidade no grupo.
Estimule: É importante incentivá-los a pesquisar preços, a verificar condições de compra e características de produtos na internet. Mas o negócio deve ser fechado pelo adulto. Estabeleça um orçamento para planejar saídas, shows etc.
Evite: Nessa fase, há um apelo forte por consumir bugigangas e grifes, explique o valor real das coisas.
Fonte: oglobo.globo.com
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